E é trancado no escuro do meu quarto, que
construo e encontro minha caverna de Adulão. Porem ali não há mais quatrocentos
como eu e além disso eu não sou rei. É apenas breu, minha caverna e eu,
buscando a presença de um Deus invisível, de um Deus que antes já ouvi falar,
um Deus que antes já senti, um Deus invisível, porem real e presente, mas que
nesse momento não esta ao meu alcance por culpa de uma distância que eu mesmo
inventei.
E é nesse momento
do dia que eu abandono no espaço as lágrimas mais pesadas, no silêncio extremo
do ambiente quase é possível ouvir cada gota se espalhar no chão. Como fosse
uma gota de água que se solta do teto da caverna e se lança ao solo.
Nesse momento não
possuo voz, apenas um pranto constante e intenso, uma angustia e uma dor incessante.
Esse é o único momento do dia que eu consigo me apartar de tudo que me causa
essa dolorosa angustia, e já estando quase vazia minha mente me resta apenas
uma pergunta que se repete no mesmo ritmo que acontecem os soluços do meu
pranto, e em pensamento me pergunto desesperadamente "Cadê o Deus eu deixei
aqui?".
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