quinta-feira, 14 de março de 2019

Por onde vão seus olhos?

Os olhos são a candeia do corpo. Quando os seus olhos forem bons, igualmente todo o seu corpo estará cheio de luz. Mas quando forem maus, igualmente o seu corpo estará cheio de trevas.
Lucas 11:34

  Essa passagem diz que os nossos olhos são a candeia do nosso corpo. 
  Mas o que seria uma candeia? Após fazer uma pesquisa simples no Google obtive a seguinte resposta:
"pequena peça de iluminação, abastecida com óleo ou gás inflamável e provido de mecha;
usa-se geralmente no alto."

  Funcionalmente falando a candeia tem a mesma função que uma vela.
  Independentemente do mecanismo e da forma que cada um dos objetos funciona, a função e o propósito de ambos é o mesmo, iluminar.

  Voltando a definição dada sobre o que é uma candeia, ela nos diz que a candeia é uma pequena peça de iluminação. 
  Em relação ao nosso corpo, nossos olhos são pequenos como pequena é a candeia.
  No final lemos que geralmente usamos a candeia no alto, da mesma forma os nossos olhos ficam na parte alta do nosso corpo.
  O que a candeia ilumina? A casa.

Vocês não sabem que são santuário de Deus e que o Espírito de Deus habita em vocês?
1 Coríntios 3:16


  Assim sendo, o que nossos olhos iluminam? A casa.

  De quem? De Deus.


  Os olhos são a candeia do corpo. A candeia é pequena, fica no alto e ilumina a casa, assim como nossos olhos. A palavra de Deus não é apenas bonita e muitas vezes poética, ela é perfeita.

  Todos nós gostamos de luz, queremos em nossas casas uma boa iluminação, queremos a melhor candeia para a nossa casa.
  Da mesma forma é o Espirito Santo de Deus que habita em nós. Ele quer para sua casa a melhor candeia, os melhores olhos. Ele buscará em nós olhos que tragam uma boa iluminação, olhos que tragam e tenham boa luz para o espaço que ele habita.



  O homem bom tira coisas boas do bom tesouro que está em seu coração, e o homem mau tira coisas más do mal que está em seu coração, porque a sua boca fala do que está cheio o coração".

Lucas 6:45


  Da mesma forma que a boca expressa o que esta em nosso coração, os olhos também expressão o que esta em nosso coração. 

  De uma forma mais sutil e menos direta, mas também somos capazes de nos expressar com o olhar.
  Por mais que eu não diga verbalmente o que estou sentindo ao ver uma pessoa passar, o meu olhar disfarçadamente acompanhando os passos dela já esta denunciando algo que esta em meu coração. Não foi necessário eu confessar que achei a pessoa bonita ou atraente, ou que senti inveja ou raiva dela, ou quem sabe que eu tenha julgado aquela pessoa, o meu olhar já disse.

  Por isso sempre devemos vigiar por onde vão nossos olhos, pois assim como a boca ele pode acabar expressando o que esta em nosso coração. 

O rio

  Em uma noite qualquer, após estar dormindo, me vi em um sonho.

  Eu chegava a margem de um rio e do outro lado podia ver um grande e iluminado portão. Logo entendi que se tratava do tão desejado portão celestial.

  Imediatamente já tendo os pés molhados pelas águas do rio, comecei a me preparar para mergulhar e iniciar minha travessia em direção aquele portão.

  Mergulhei em águas calmas, e quando estava pela metade da travessia a corrente começou a ficar cada vez mais forte, e eu ciente que sabia nadar bem e que minha juventude me daria condições de atravessar passei a nadar cada vez mais forte, lutando contra aquela correnteza, após uns minutos começaram a passar por mim pessoas vencidas pela correnteza, e eu crente nas minhas capacidades e ciente de que minha condições para a travessia era superior às condições daquelas pessoas que desistiram, segui nadando. A correnteza ficava cada vez mais forte, eu já havia perdido a conta da quantidade de pessoas que haviam passado por mim rio abaixo.

  Começo a sentir cansaço, começo a duvidar da minha capacidade, porém movido por algo que eu julgo ser a minha fé eu lutava, nadava, não me entregava, tentava vencer aquela corrente que me impedia de alcançar o portão, porém a distância parecia não diminuir. Mais e mais pessoas passavam por mim, entregues, esgotadas.
 
  Mas eu julgando ser maior na fé que aquelas pessoas que desistiram do portão celestial lutava com toda minha força, nadando... nadando... nadando... Mas a distância entre o portão e eu parecia ser a mesma.

  Até o momento que extremamente cansado, já duvidando da minha capacidade física, dominado por um pensamento de que assim como todos que haviam passado por mim na direção contrária, eu não possuía a fé necessária para alcançar o tão desejado portão celestial.

  Então assim como os demais eu me entrego a corrente, descanso meu corpo, meus músculos e já quase sem forças eu desço o rio, boiando como boia um tronco que desapegado da árvore julgamos não ter vida.

  Extremamente triste em pensamento eu pedia perdão ao Senhor, por não ter a força e a fé necessária para alcançar o seu portão, por não ter se capacitado suficientemente para estar em sua presença. E dessa forma entregue e após ter rasgado meu coração diante do Senhor, eu me entrego de vez, entrego a minha vida sem ao certo saber qual meu destino, sinto um suposto último suspiro e assim meus olhos se fecharam.

  Quando acordo começo a sentir as águas se acalmando e pouco a pouco a corrente se encerrou, mais alguns minutos, estando em águas extremamente calmas, sinto meus pés tocarem a areia, tento retomado um pouco das forças após descansar rio abaixo, me coloco sentado a areia e na minha frente vejo um imenso portão, extremamente maior que o primeiro, ele brilhava uma luz muito intensa e nesse instante tive a certeza de que aquele sim era o portão que eu desejava encontrar e que tudo que eu precisava ter feito desde o início era abrir meu coração e se entregar.